
O paracetamol é dos fármacos mais tomados na gravidez pois sabia-se que não havia efeitos negativos para o feto. Contudo este estudo vem contradizer um pouco esta premissa.
O estudo teve por base grávidas que tomaram paracetamol foi estudado o desenvolvimento psicológico dos filhos entre 1 a 5 anos de idade.
Como conclusões, apresenta que a exposição pré-natal a este fármaco está associado a um aumento da taxa de probabilidade de ser autista. Ou seja, a exposição ao paracetamol durante a gestação pode aumentar os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e da hiperatividade em crianças. Como explicação para o fenómeno os investigadores defendem o seguinte:
“O paracetamol pode ser prejudicial para o desenvolvimento neurológico por várias razões. Em primeiro lugar, ele alivia a dor ao actuar sobre os receptores de canabinóides do cérebro. Dado que estes receptores, normalmente, ajudam a determinar como os neurónios amadurecem e se conectam entre eles, o paracetamol pode alterar estes processos”.
Reparem que o estudo também conclui que estas associações parecem depender da frequência da exposição ao fármaco. Ou seja, a recomendação passa pela utilização racional do paracetamol e também de todos os outros fármacos. Se não for mesmo necessário tomar então vamos evitar tomar. Provavelmente no futuro ainda se vão realizar mais estudos sobre este tema e chegaremos a conclusões mais completas.
Mas aqui fica o alerta. Não é para alarmar mas serve como reflexão sobre o uso banal que damos a certos fármacos.
Podem ler todo o artigo científico publicado aqui:
http://ije.oxfordjournals.org/content/early/2016/06/27/ije.dyw115.short?rss=1

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