
Este estudo, em que me baseio, tem por base a pesquisa do impacto que este tipo de comportamentos tem para a vida futura das crianças. Os investigadores analisaram crianças entre os 3 e 7 anos de idade. Foi observado de que forma as práticas utilizadas pelos pais influenciaram a alimentação emocional das crianças. Analisaram também como as crianças consumiam snacks e alimentos muito açucarados ou brincavam em alturas que não tinham fome mas se apresentavam ligeiramente ansiosos.
Os estudos mostram que em crianças entre os 5 e os 7 anos de idade era comum utilizarem o seu estado emocional para justificarem a sua escolha alimentar. Estes casos foram referenciados, em maior percentagem, em crianças cujos pais normalmente ofereciam recompensas alimentares quando eram mais pequenos.
Pais que normalmente utilizam recompensas como guloseimas, snacks, etc, para que a criança passe de um estado de dor para um estado de alegria podem, não intencionalmente, estar a ensinar os filhos a utilizar a comida para lidar com as suas emoções. E, normalmente, quando a escolha dos alimentos é feita com base no estado emocional ela recai sempre para alimentos muito energéticos. Este facto também pode estar relacionado com o aumento da obesidade infantil.
Mais estudos irão ser realizados no futuro para identificar o significado destes padrões de consumo a longo prazo na vida das crianças. Contudo, é certo que a relação das crianças com os alimentos se estabelece desde muito cedo. Por isso é muito importante a educação alimentar começar desde o nascimento.
Baseado no estudo que irá ser brevemente publicado: ARROW, C., HAYCRAFT, E. BLISSETT, J. “Teaching our children when to eat: how parental feeding pratices inform the development of emotional eating. A longitudinal experimental design”, The American of Clinical Nutricion.
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